Finalmente, chegamos à ilha esmeralda! Estávamos em pleno verão, onde os ventos cálidos sopravam em equilíbrio ao momento presente. Ao longe podíamos ver a colina de Tara, imponente e forte, tal como em seus altos dias de glória ao clamar o poder soberano da terra de Éirinn.
Quanto tempo levei para retornar a casa? Não ouso dizer.
O preço do regresso foi custoso e, por vezes, muito amargo, como nos alertara a Senhora, Mor Rioghain. Mas a vitória tinha o sabor do mais puro e doce mel, uma promessa de Brighid que, agora, regia os campos floridos e nos presenteava com a cura, o calor e sua brilhante poesia.
O zunido das abelhas era ensurdecedor. Sim, o Sídhe estava em festa!
Respirei profundamente e a prece de nossa tribo, fluiu na mente:
"No centro do bosque sagrado, com os poderes do Fogo e da Água, com as bênçãos dos Três Reinos: Céu, Terra e Mar... Agradecemos os Deuses, Ancestrais e Espíritos da Natureza... E partilhamos com a Mãe Terra: proteção, sabedoria e fertilidade. Que haja paz entre os mundos!"
Caminhei lentamente, absorvendo cada minuto daquela sensação que nos transporta aos mundos sutis da existência. Minha alma dançava livre e eu sabia que estava de volta.
Ao pisar o solo dos meus Deuses e não-deuses, saudei as cinco direções:
"Saúdo o Vento Leste, a morada da prosperidade,
Onde sopra os ventos da abundância e da fertilidade.
Saúdo o Vento Sul, a morada da grande canção,
Onde sopra os ventos da poesia, da magia e da inspiração.
Saúdo o Vento Oeste, a morada da sabedoria ancestral,
Onde sopra os ventos de todo o conhecimento mundo celestial.
Saúdo o Vento Norte, a morada da fortaleza cristalina,
Onde sopra os ventos da batalha e da proteção divina.
Saúdo o Centro do Mundo, a morada da soberania,
Onde sopra os ventos da paz e da harmonia."
Bíodh sé... Que assim seja!
Ao dizer essas palavras, senti antigos seres caminhando ao meu redor, como embalando a minha jornada, faziam me lembrar do velho portal que atravessei nas terras de tribos irmãs, consagradas à Arianrhod. Com o ramo de prata na mão alcancei o galho de ouro e durante todos esses anos, foram eles os meus verdadeiros guias e mestres.
Guardiões silenciosos a iluminar o caminho através das brumas de Manannán, que se manifestavam durante o percurso ao preservar muitos segredos ainda não revelados, todos embevecidos na taça do saber.
Então, sentei debaixo de um frondoso carvalho e continuei a admirar a grande colina... Pensei, sim há mais, muito mais a percorrer!
Até a proxima narrativa... Sláinte!
Rowena A. Senėwėen ®
Todos os direitos reservados.
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Quanto tempo levei para retornar a casa? Não ouso dizer.
O preço do regresso foi custoso e, por vezes, muito amargo, como nos alertara a Senhora, Mor Rioghain. Mas a vitória tinha o sabor do mais puro e doce mel, uma promessa de Brighid que, agora, regia os campos floridos e nos presenteava com a cura, o calor e sua brilhante poesia.
O zunido das abelhas era ensurdecedor. Sim, o Sídhe estava em festa!
Respirei profundamente e a prece de nossa tribo, fluiu na mente:
"No centro do bosque sagrado, com os poderes do Fogo e da Água, com as bênçãos dos Três Reinos: Céu, Terra e Mar... Agradecemos os Deuses, Ancestrais e Espíritos da Natureza... E partilhamos com a Mãe Terra: proteção, sabedoria e fertilidade. Que haja paz entre os mundos!"
Caminhei lentamente, absorvendo cada minuto daquela sensação que nos transporta aos mundos sutis da existência. Minha alma dançava livre e eu sabia que estava de volta.
Ao pisar o solo dos meus Deuses e não-deuses, saudei as cinco direções:
"Saúdo o Vento Leste, a morada da prosperidade,
Onde sopra os ventos da abundância e da fertilidade.
Saúdo o Vento Sul, a morada da grande canção,
Onde sopra os ventos da poesia, da magia e da inspiração.
Saúdo o Vento Oeste, a morada da sabedoria ancestral,
Onde sopra os ventos de todo o conhecimento mundo celestial.
Saúdo o Vento Norte, a morada da fortaleza cristalina,
Onde sopra os ventos da batalha e da proteção divina.
Saúdo o Centro do Mundo, a morada da soberania,
Onde sopra os ventos da paz e da harmonia."
Bíodh sé... Que assim seja!
Ao dizer essas palavras, senti antigos seres caminhando ao meu redor, como embalando a minha jornada, faziam me lembrar do velho portal que atravessei nas terras de tribos irmãs, consagradas à Arianrhod. Com o ramo de prata na mão alcancei o galho de ouro e durante todos esses anos, foram eles os meus verdadeiros guias e mestres.
Guardiões silenciosos a iluminar o caminho através das brumas de Manannán, que se manifestavam durante o percurso ao preservar muitos segredos ainda não revelados, todos embevecidos na taça do saber.
Então, sentei debaixo de um frondoso carvalho e continuei a admirar a grande colina... Pensei, sim há mais, muito mais a percorrer!
Até a proxima narrativa... Sláinte!
Rowena A. Senėwėen ®
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